O governo deve anunciar hoje mudanças na regra de
correção das cadernetas de poupança para facilitar a queda dos juros, e o novo
modelo poderá valer apenas para novos depósitos nas cadernetas, evitando assim
a crítica de que haverá quebra de contratos já estabelecidos, informa
reportagem de Valdo Cruz, Sheila D'Amorim e Natuza Nery, publicada na Folha
desta quinta-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do
UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Entre
as ideias apresentadas, está a que prevê que a remuneração da poupança será
equivalente a um percentual da Selic, a taxa básica de juros da economia. Esse
percentual poderia ser único ou escalonado, dependendo do nível da Selic. Outra
possibilidade, que neste caso valeria para aplicações velhas e novas, é a
cobrança de Imposto de Renda. Hoje, o ganho das cadernetas é isento. Em 2009, o
governo tentou taxar a aplicação, mas recuou diante da repercussão negativa da
medida.
Também
foi proposta a correção com base num índice de preços. A decisão final ficou
para a presidente. Determinada a criar uma marca para sua gestão, Dilma definiu
que entrará em campanha para atingir o que chama de "juros de primeiro
mundo" --ou seja, na casa dos 2% reais (descontada a inflação). Para
tanto, a politicamente difícil mudança na poupança é necessária.
Fonte: Folha
Online
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