Analisar se o seu público-alvo reside
na região do ponto comercial é uma das primeiras atividades na hora de definir
o espaço do seu empreendimento.
A localização de um bom ponto
comercial deve ser uma das primeiras etapas da formação de um negócio no ramo
de varejo. Depois de definir a atividade do empreendimento, o modelo de
negócios e o público-alvo, o próximo passo é partir para o estudo do ponto comercial.
"Às vezes, isso pode demorar um mês ou mais. Mas o importante é que essa
análise seja bem feita, leve o tempo que for", acredita Gustavo Carrer,
consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP).
"Vai valer a pena esperar e se instalar em um ponto adequado ao
negócio."
Mas, o que seria um bom ponto
comercial? De acordo com Carrer, um ponto de venda privilegiado pode ser
identificado por meio de três tópicos: público-alvo residente na região,
público-alvo que frequenta diariamente a região e público-alvo que transita
pela região.
No primeiro caso, os compradores em
potencial moram nos arredores do empreendimento e são clientes que têm o hábito
de frequentar o varejo que rodeia sua residência. Já no segundo, amplia-se a
pesquisa para o público-alvo que está diariamente na região do ponto de venda,
seja para trabalhar, estudar, ir ao banco ou à procura de outros serviços e
produtos.
No último caso, o empreendedor vai
analisar o caminho do público consumidor. "Esse tipo de localização nós
chamamos de ponto que aproveita o fluxo. O local é passagem diária de um grande
número de consumidores com o perfil do produto que o empreendedor pretende
lançar"', explica Carrer. É o caso, por exemplo, de uma loja de
conveniência localizada em uma grande avenida. Em todos os casos, o ideal é que
os consumidores estejam em um raio de 10 minutos de distância do
empreendimento.
Além dos três tópicos principais, Carrer destaca
a importância de análise de concorrência na região, do acesso ao local - seja
de carro, a pé ou transporte público -, da segurança e da infraestrutura da
região. "O empreendedor também não pode deixar de conferir se as leis
quanto a horários de funcionamento no local são compatíveis as suas
expectativas."
Para o consultor, é importante que o
empreendedor tenha em mente que um bom ponto de venda tem seu preço, mas que
isso pode ser recompensado justamente por suas características comerciais.
"Pode ser que o empresário fique em dúvida entre dois pontos: um que é 'ótimo',
mas é 80% mais caro que o outro, que se qualifica como 'bom'", exemplifica Carrer.
"Nesse caso, ele tem que fazer as contas e analisar. Pode ser que o ponto
considerado 'bom' precise ser divulgado, gerando um custo com propaganda,
enquanto o 'ótimo' acabe se propagando sozinho, pelo boca a boca."
Novos pontos comerciais
A primeira regra para se criar um novo
ponto de venda é ter paciência e possuir capital para esperar. Uma nova boa
localização comercial não nasce da noite para o dia. Para o consultor do Sebrae-SP,
esses novos pontos não param de surgir, mas demandam um empreendedor que possua
condições para aguardar a consolidação do local.
"Locais onde estão surgindo novos
empreendimentos imobiliários com apartamentos, por exemplo. Daqui alguns anos,
quando os prédios ficarem prontos e os moradores começarem a se mudar, esse
local pode se tornar um excelente ponto de venda. Contudo, o empreendedor vai
ter que esperar. Esse não é o tipo de ponto comercial para quem imagina que o
negócio dê um retorno a curto prazo", esclarece.
Outra maneira de estabelecer um bom
ponto comercial é se instalar em um local não tão cobiçado e batalhar pela
fidelização dos clientes. De novo, o segredo é ter paciência “e capital” para
esperar o negócio prosperar. Além disso, para que o consumidor se sinta atraído
pela oferta fora dos grandes centros, o empresário terá que oferecer
diferenciação. Assim, poderá conseguir montar uma carteira de clientes fiéis.
Fonte: Terra
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