Um
dos segredos do sucesso de qualquer negócio é o ponto comercial. Não basta ter
um ótimo produto, bom preço e vendedores eficientes, se a localização de seu
comércio não for adequada. Muitos empreendedores cometem o erro de achar, por
exemplo, que basta a rua ser movimentada para garantir muitos fregueses. Outros
acham que o melhor é ficar longe de um concorrente mais forte.
Trocando em miúdos, a
escolha do ponto depende de muitos fatores, além da localização e da
concorrência. É o que garante Nara Liane Ávila Prieto Silveira, em material
elaborado para o Portal Empreendedor para Todos, reproduzido pelo SEBRAE. O Empreendedor
resumiu as orientações em dez dicas. Confira.
1 – De olho na rua
É preciso fazer uma pesquisa
de localização. Se puder, contrate uma empresa para fazê-la. Do contrário, é
amadorismo. Dizer que a rua movimentada é o melhor local pode ser precipitado.
Para alguns empreendimentos certamente é; para outros, nem tanto. Se o seu
potencial cliente é de alto poder aquisitivo, por exemplo, não será
interessante estar em ruas muito movimentadas.
Outro cuidado a ser tomado é
com o fato de que muito movimento pode significar falta de tempo para
observação. A análise do movimento deve ser feita em dias e horários diversos.
Verifique os hábitos de quem transita e se os horários de movimento coincidem
com a utilização de sua loja ou serviço. Mantenha-se afastado de parques e
praças mal iluminadas, a segurança do cliente é muito importante.
Até o lado da rua é
importante. Prefira o lado onde faz sombra à tarde. Alguns negócios dão mais
certo se estiverem na mão conveniente do consumidor. Uma padaria, por exemplo,
tem mais perspectivas no sentido centro-bairro.
2 – Tipos de mercadoria e sistema de trabalho
As cidades e os bairros têm
suas necessidades. Por isso, verifique se o tipo de mercadoria e o sistema de
trabalho oferecidos por você vão ao encontro desses anseios.
3 – Potencialidade do mercado
O ponto também depende do
mercado que está ao seu redor. É preciso traçar um perfil do consumidor
potencial, levando em conta itens como renda, número de carros por habitante,
recolhimento do ICMS e estilos residenciais e comerciais, entre outros. Em
outras palavras, é preciso certificar-se de que o seu futuro cliente realmente
passa por aquele local.
4 – Tendência populacional
A tendência populacional é
muito importante. Além de analisar a situação presente, é preciso estudar os
índices de crescimento e as expectativas gerais. São Paulo, por exemplo, tem
experimentado uma redução populacional nas regiões centrais e uma forte
elevação na periferia. Em uma mesma cidade, sempre há áreas que estão em
declínio de poder aquisitivo e outras em ascensão. É preciso conhecer a
tendência para estar preparado quando as mudanças se consolidarem.
5 – Disponibilidade de locais para abertura de
lojas
A região pode ser a ideal
para o seu negócio, mas pode não haver disponibilidade de imóveis. Às vezes
eles são inexistentes e, quando existem, os valores referentes ao ponto são proporcionalmente
muito altos para o capital do empreendedor, o que tornaria o negócio inviável.
Em situações assim, a solução é a ida para bairros, pequenos centros comerciais
e shopping centers regionais, onde a análise, como sempre, deverá ser
criteriosa.
6 – Localização
A proximidade a outros
serviços como chaveiros, ponto de táxi, correio, banco 24 horas e até mesmo
supermercados poderá ser uma associação interessante. Esse, aliás, é um dos
atrativos dos shoppings. Nesse caso, evite os finais de corredor, o último
andar e outros locais de pouca movimentação. Localizar-se perto das escadas
rolantes, das praças de alimentação e das lojas âncoras é mais interessante.
7 – A vizinhança
Pode não ser bom ficar
isolado, longe de outros comércios. Mas analise quem vai ser o seu vizinho. A
incompatibilidade com alguns serviços é notável e afasta o cliente. Imagine,
por exemplo, uma loja de perfumes ao lado de uma peixaria.
8 – Ponto de ônibus
Essa referência também é
relativa. Pode ser bom para produtos de alta circulação e baixos valores, mas
ruim para produtos e serviços de maior valor aquisitivo. Nesse caso,
desvaloriza o empreendimento.
9 – Portas fechadas
Clientes de menor poder
aquisitivo são receosos a portas fechadas por acharem que os preços são mais
altos. Mas isso não significa que se possa descuidar do visual ou da
comodidade. Já as classes média e média-alta exigem mais conforto e segurança,
até mesmo no estacionamento.
10 – Concorrência
Verifique se o mercado já
não está saturado para o seu produto. Se os indícios apontarem para uma atração
cumulativa, é bom – desde que o empreendedor esteja consciente do seu
diferencial no mercado. É que não é interessante apenas oferecer mais do que já
existe na região. É preciso se diferenciar para se sobressair.
Nenhum comentário:
Postar um comentário